Reflexões de quarentena
Em meio ao turbilhão de informações dos últimos dias, das discussões que pretendem evitar o colapso (da saúde, da economia, da sociedade), me percebi tremendo. Me percebi acordando gritando, agitada. Me percebi tentando solucionar o enigma de qual seria a melhor saída possível desse labirinto, sem sucesso. Me percebi chorando a nossa dor. Me percebi querendo sair correndo da minha casa e me oferecer para ajudar em algo. Me percebi encolhida na cama querendo me isolar e me proteger. Me percebi aflita e incapaz de ser suporte. Me percebi responsável por contribuir com a minha comunidade. Me percebi com saudades dos meus pais. .
.
Escrevo isso para te dizer que, apesar do meu honesto esforço em exercer meu papel social de promover bem estar emocional aqui nas redes sociais, uma vez que ampliamos a consciência sobre o que vivemos hoje em nosso planeta não é possível não esmorecer algumas vezes ao longo do dia. E nossa tarefa de descobrir como fazer essa difícil travessia sem “enlouquecer” só será possível se fizermos juntos.
.
.
Não consigo vislumbrar uma saída para esse caos que não seja coletiva.
Juntos poderemos construir saídas para o alívio de tantos sentimentos avassaladores. Juntos poderemos pensar soluções possíveis para minimizar o impacto desse caos global que já se instalou. Juntos. .
.
Em meio a tudo isso, me percebi sozinha. E é quando me percebo assim que a dor me paralisa. Tenho uma hipótese que é assim para você também…