Você é um acumulador emocional?
Você é um acumulador emocional?
Me deparei com um artigo* muito interessante da psicóloga e gestalt-terapeuta Andreia Georges sobre lixo emocional. Uma breve contextualização: Gestalt é uma palavra alemã de difícil tradução (uma das razões pelas quais mantemos o termo) que pode ser interpretada como uma boa forma (nítida, agradável, assimilável). Quando uma figura (uma experiência, por exemplo) não está completa e sem nitidez, nomeamos como uma Gestalt inacabada, um processo que não foi concluído.
Nessa altura da leitura acho que você já está percebendo onde quero chegar: quantas situações mal ou não acabadas acumulamos ao longo da nossa jornada?
No artigo que eu citei a Andréia apresenta a ideia de que aquilo que não conseguimos verbalizar, não conseguimos finalizar (tanto internamente, como externamente) pode ser entendido como lixo emocional. E lixo, se não é recolhido, acumula.
Você já deve ter conhecido alguém ou visto imagens das casas de pessoas acumuladoras. Simplesmente não tem espaço para o novo. Não tem um pedacinho de terreno fértil para plantar. Emocionalmente o cenário não é muito diferente: precisamos recolher o lixo para abrir espaço para o novo (novos hábitos, novas possibilidades de ser).
Imagino que você está se perguntando: mas como recolher o lixo emocional? A maneira é tão diversa quanto há pessoas no mundo, mas todas passam por um ponto comum: a expressão. Ao longo dos nossos dias experimentamos uma diversidade de emoções, mas temos a tendência de suprimir algumas delas – raiva, inveja, ciúmes, medo e a lista segue. Quando menos esperamos, não tem mais espaço. Reconhecer que essas são emoções humanas, permitir que elas tenham um canal de expressão e acolher nossa natureza pode ser um potente processo de reciclagem.
Você tem seu espaço para recolher seu lixo emocional?
*para quem se interessou o artigo que citei tem título: “DESCARTE DO LIXO EMOCIONAL: UMA VISÃO DA GESTALT –TERAPIA PARA SUSTENTABILIDADE AFETIVA” da Andréia Georges.